sábado, 28 de novembro de 2015

PUNHO

o punho fechado
em pose
disfere na carne macia


não devemos caminhar com os pés descalços
sobre as brasas
se não formos ao tibete
e perceber que através da meditação
e da evocação de mantras

consegues ter o mundo
na palma da mão

não olhes se não sabes
detalhar

assisto ao desmoronar da razão
estava tão perto
estremece num abraço
tudo o que julguei ser suficiente

confuso hesitante dúvida
certeza consciência limites
linhas certo e errado ter fazer ser ou nada

a minha retinha do olho
vacila nas lembranças do passado
coleciono os medos
para os juntar
abres tu a porta do interior
a voz é purificada
e liberta
configuro os TEUS medos
avanço e derramo no vocabulário

a linguagem é um virus
os medos e a dúvida uma doença
terminal
vim de lá depois do tejo

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