sábado, 28 de novembro de 2015

SÓFOCLES adão putas belo GENET E FELLATIOS e são tomé e principe



para mim pode ser gin bulldog e maçã golden
ao quarto gosto das
putas PINTADAS POR EDGAR DEGAS OU TOULOUSE LAUTREC
encontro sempre pinturas destas nos melhores motéis
da cidade velha e canastra a 30 euros 4 horas de desespero
para encontrar o momento que nos supera como banais
e nos faça ser belos
ANIMAIS BELOS DE PÉLO CURTADO na vulva
COITOS  INÓCUOS de banais
GORDAS BELAS DE RENOIR que comem queijo roquefort e brie em panquecas
luzes verMelhas do red light district
incidem nos canais de amesterdão
HOMENS VESTIDOS DE MULHERES rascas
FEIAS E NOJENTAS
VIREM EUNUCOS aqueles que não saltem para o belo e singular
come cospe engasga e vomita
para quem ter engenho e agucidade nas palavras e magia
no que diz
as tuas palavras tem boca e dentes que mordem em sangue
elas despertam elas fodem te à bruta e deixam-te no chão 15 minutos a pairar
e repete calada a gritar ... foda-se o que se passou aqui ?
tens lume ?  tenho autocarro até a meia noite na ajuda...



sai jorro da tua saliva banal
vais te esvair em nada
depois de torcida as tuas calças sujas
cumpre as 9 horas do programa
arde brando
lume torcido

mortos empilhados na vertical
com vivos sentados a comer charutos montecristo
na dobra da espinha dos declarados em óbitos
aqueles que passaram por cá e não acrescentaram nada a puta da vida deles e dos outros
eu sento-me nos cadávares desses bem mortos e aprumados
a ler os livros de jean genet

paneleiro de merda sabotador de jovens marginais de pais abandonados
francês de sotaque argelino e parisiense de montmarte
pergunta uma jornalista puta do le monde
de cabelo preto esticado sotaque doce e olhos meigos de cão perdido e com medo
senhor genet para onde conduz a sua vida e os seus livros

o merdas do jean genet responde
....para o esquecimento....

rasgo os livros do ezra pound
as porcas prenhas de qualquer tronco de árvore em formato fálico
onde saltam e enterram-se
comem as ninhadas regadas a barca velha do douro
não lhes conhecem o focinho
tu corres atrás de quem te gosta e te venera
és frágil que nem uma gotícula de orvalho
que cai das pétalas quebradas de qualquer tulipa podre

a diferença de putas
padres, artistas de palco e vagabundos
todos conspiram pela piedade
todos comem dejectos da cidade
e arrotam caviar feito de minhocas na penumbra da vida dos
que são nada dizem o que ouvem esperam nada e tem como objectivos de vida nada

sou arrogante calvo e de barba feita de 4 dias pego na faca montblanc de cor fina
escrevo feroz com corte de lámina
furo-te e não jorra sangue
as palavras são de metal contaminado
pela verdade que não tens capacidade
de ver nem sentir

lambe latrinas
nos wcs dos jardins públicos
a urina depois de champanhe é aromatizada
as ostras com trufas
são infâmias para esse teu palato
pegas no mentol e disfarças
o fellatio que fazes  nas esquinas
urinadas
lambe o livro de antigona
deixa a tua saliva conspurcada
nas páginas amarelas do tempo
escreve sófocles
.. é belo aprender com aqueles que falam acertadamente...
pergunta sacral do grego
...não é ela digna de receber honras gloriosas...

o patife arrogante feroz cão de raiva presunçoso
na argumentação na sapiência articulada e clara perspicácia
de nome adão acrescenta a sófocles
...não lhes dés aquilo que não conseguem ver de belo....

não és nada miguel adão pedro baltazar jorge  roberto
és tanto de tudo e tão pouco de nada
adão cobre te num manto macio
de veludo e entrega-te ao éxito e ao reconhecimento do génio a trabalhar
deixa os cães de  saltarem para o coito anal

morde o disco 44 rotações do wagner
ouve até ao desmaio da capacidade a obra tristão e isolda
obriga te a saber o que é belo e singular de perceber o que é belo e singular
de exigir o que é belo e singular
cospe para o ar e abre o ventilador
espalha pela multidão a náusea
e aproveita para saberes quantos sabem de quem é o livro a náusea ?
e acima de tudo o que é ordinário
pega na marreta pintada de branco
e fode esse piano rega em álcool do melhor jameson de 18 anos
e pega na merda do charuto que chupas com elegância
e queima o piano como fez john cale
e debita astrix skazi goa infected void e vibe trive
tira a língua de fora e ri te alto
deixa-te de queimar cubanos de jóse l piedra a dois euros cada e crava-os acessos na tua mão
que masturbas a eloquência e a força grande das palavras e das tuas ideias
que movem mundos

lembra-te que em 2015 há quem jante banana prata e banana pão
como aquela velha sogra curvada nas cozinhas barracas
cozinhado em panelas furadas e negras
por cima de lenha ardida e carvão no chão
lembra-te de são tomé e principe
o peixe em cima a secar
e por baixo a lama e os porcos a vasculhar e procurar os dejectos

e acima de tudo
a esperança daquela criança de ilheu das rolas
a olhar para ti e a querer o mundo
tu deves o mundo a ela
ela precisa de tão pouco para ter tudo
desde que saia daquela roça de cacau da dona antónia




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